Imagine, em pleno sertão baiano, em uma região agreste, porém bela, onde predomina a falta d´água, encontrar cidades como Cipó, estância hidromineral que mais parece oásis. Esta cidade assemelha-se a bonitos jardins que emergem em plena caatinga, como uma dádiva para aqueles que procuram se refugiar em locais agradáveis, próprios para o turismo. Situada à margem direita do rio Itapicuru, Cipó fica a 242 km de Salvador, no nordeste baiano, e ainda guarda resquícios de tempos áureos, da década de 50, época dos cassinos que impulsionaram por algum tempo o turismo na região. A importância desta estância no cenário nacional pode ser avaliada com a inauguração do Grande Hotel Caldas de Cipó. Empreendimento grandioso que até hoje chama a atenção pela imponência de sua arquitetura, o hotel levou oito anos para ser totalmente construído e foi inaugurado em 24 de junho de 1952, pelo então presidente da República Getúlio Vargas.

Fonte: http://www.visiteabahia.com.br/

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A IMAGEM INTERNA





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"Esse é o blog dos pensamentos, visões, lembraças e imaginário de Nori Cruz. Faça uma visita e ao som de Sertões Sertões de Wilson Aragão mergulhe em um universo paralelo onde Caldas de Cipó nos orgulha de sermos como somos."

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Uma das minhas grandes paixões, ainda é o Radium Hotel de Caldas de Cipó, 240 km de salvador e, o que está ou estava lá dentro.
Na parte do hotel, cada azulejo português, a linda estátua, os talheres, o piano, enfim, o ambiente todo modernista, estilo art déco, é uma parte da cultura cipoense que é alheia, inclusive aos estudantes da região, que muito necessita de temas para artigos, monografias e afins...
Não imaginam quantos na hora do sufoco, me procuram ou ao professor Evandro, para falar de Cipó. Este, dos tempos clássicos do Cassino, Radium Hotel, Getúlio Vargas, banhistas e, em mim, a procura por fatos antecedentes a este período, nas raízes afrodescendentes das áreas ribeirinhas do Itapicuru, bem como o próprio tempo e, em linhas gerais, a história do município, como um todo.
Falar em cassino, após a tristeza da Família Salles ter deixado a cidade que praticamente foi um presente dela, que ainda através de mim, deu o terreno ao lado do Grande Hotel à prefeitura para a construção da Casa da Cultura Genésio Salles.
De tudo, foi aproveitado apenas a movimentação da época do Cine Leone que, nos períodos fora de amostras de filmes, servia como bar e o grande snooker, lindos quadros e o salão encerado, ainda se podia passar, entrar, tomar o refrigerante crush e viver cada ponto de cultura, ali existente.
Também, hei de se falar que, segundo os mais velhos e, acho que é lenda, duas estátuas que se encontravam ao lado, seriam de moças xingadoras dos pais. São apenas lindas estátuas no estilo antropozoomórfico e uma terceira em homenagem ao primeiro automóvel que este em Cipó, servindo de "santo casamenteiro".

Também dizem que antes do Radium Hotel, tinha uma igreja e que lá, um boi entrou e encheu de sangue e, as coisas do município, envolvendo política, religião, artes e afins, só melhorariam quando o Rio Itapicuru enchesse e chegasse ao local do sangue do pobre boi.
Foi assim mesmo? Do jeito que está o rio... Coitado!

O pior de tudo é que entra ano e sai ano e o Radium Hotel já está nascendo árvores em suas paredes, não precisando de profecia para anunciar que em pouco tempo, infelizmente, estará uma placa por lá: "Vende-se este lote... Sem entulhos!"



Fonte: http://www.odarabbcnourecruz.blogspot.com/ postagem: Flavinho Leone

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