(ROSA, 1983, p. 171-173)
CAVALO EM FRENTE AO GRANDE HOTEL
Imagine, em pleno sertão baiano, em uma região agreste, porém bela, onde predomina a falta d´água, encontrar cidades como Cipó, estância hidromineral que mais parece oásis. Esta cidade assemelha-se a bonitos jardins que emergem em plena caatinga, como uma dádiva para aqueles que procuram se refugiar em locais agradáveis, próprios para o turismo. Situada à margem direita do rio Itapicuru, Cipó fica a 242 km de Salvador, no nordeste baiano, e ainda guarda resquícios de tempos áureos, da década de 50, época dos cassinos que impulsionaram por algum tempo o turismo na região. A importância desta estância no cenário nacional pode ser avaliada com a inauguração do Grande Hotel Caldas de Cipó. Empreendimento grandioso que até hoje chama a atenção pela imponência de sua arquitetura, o hotel levou oito anos para ser totalmente construído e foi inaugurado em 24 de junho de 1952, pelo então presidente da República Getúlio Vargas. |
"E tive de vestir também um gibão de couro" essa colocação dá ideia da dimensão e a importância do evento, quando para seguir na homenagem sertaneja o visitante sabia que teria de trajar-se conforme para participar da festa. O smook do vaqueiro, muito bem detalhado pelo escritor acostumado a narrar sobre os sertões de Minas, parece que só em Cipó teve a experiência de usar tal indumentária.
ResponderExcluirGuimarães Rosa vestiu- se deCipó/ Soure nessa hora.
Banho minh'alma de alegria, ao ler o rico relato aqui exposto e a valorização que ele, Rosa, deu a Caldas de Cipó, enaltecendo-a como esta merecia.
ResponderExcluirObrigado Guimarães Rosa, pela honrosa visita e pelo som das palavras a esta terra tão bem escrita por ti.
EM CALDAS DE CIPÓ deveria existir NO MINIMO, um busto desse maravilhoso escritor "BRAMINEIRO".
Carlos Silva
Poeta cantador, Cidadão Cipoense